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Nascimento de uma Igreja

15 junho, 2020

Na passagem de mais um ano de existência, de uma igreja que marcou a minha infância, adolescência e mocidade, é uma forma singela de celebrar e agradecer a Deus pela Igreja Presbiteriana do Grajaú.

Não se trata de um registro histórico, feito com pesquisas e entrevistas, assim como Lucas fez ao escrever o livro de Atos, muito longe disso, mas de lembranças, tão claras como poderiam ser, depois de mais de 50 anos passados (desde do início, ainda como Congregação da Igreja do Riachuelo).

Antes da Congregação ser iniciada, íamos a Igreja do Riachuelo, lembranças agradáveis de uma escola dominical com histórias interessantes, biscoito e suco. Uma das minhas professoras, embora não soubesse, era tia de meninos que viria a conhecer anos depois e nos tornaríamos grandes amigos(David, Milton, João Marcos e João Alfredo).

As vezes ficava no banco durante os cultos, Rev, Thiago era pastor, mas Rev. Galdino era quem mais chamava minha atenção, com sua toga preta, via aquele homem como um “velhinho frágil”, mas que eventualmente me despertava de um sono profundo no colo de meus pais, com voz de trovão, braços agitados, parecendo muito indignado. Naqueles domingos, ficava até meio receoso de acompanhar meus pais nos cumprimentos ao final do culto.

Começou então, em algum momento, umas atividades durante a semana, era a formação da Congregação do Grajau. As reuniões ocorriam nas casas de algumas pessoas, mas só me lembro da casa do Sr. Nahum Oliveira, embora, é claro, que havia em outras casas. Na verdade, não achava tão divertida, era só para os mais velhos, basicamente, reunião de oração e algumas músicas, só me recordo do “sempre melhorando, sempre melhorando no Senhor…”. Durou algum tempo, Riachuelo aos domingos, eventualmente reunião de oração durante a semana.

Já mais velho, quase um rapazinho, ouvi notícias da compra de uma casa, onde no futuro seria a igreja. Já nessa época tinha algumas amizades mais da minha idade, Luiz André e Luiz Antônio, a mãe deles, D. Elma, era minha professora, a tia deles, D. Ruth, diretora da Escola Francisco Manoel, pertinho de casa e da futura igreja.

Na casa da Farias Brito, o culto era feito numa casinha de fundos da casa principal. A casa principal precisava de reformas. Nessa época de crescimento me lembro de pessoas que estavam sempre ativas, Sr. Antônio e D. Mercedes, D. Elma, D. Ruth, D. Nair, Sr. Nahum e seu filho Sr. Adherbal, Sr. Sergio, D. Helena, D. Myriam  e alguns outros que não vou lembrar bem na linha do tempo.

A Congregação se torna igreja em 1971, e Rev. Thiago passa a ser nosso pastor oficial. E foi chegando ao pequeno grupo, logo no início, Dr, David, D. Dilma (e sua tropa), também dessa época os Villon, Cel Gerson, e uma turma de jovens, Leon, Sueli, Wanda, Terezas, Rosenda, Monica, Ana, Heloisa, Marta, Marcia, Ligia, Tania. Lidia…(me desculpem os meninos, mas lembro mais dos nomes das meninas). Muitas amizades foram se formando.

Época inquieta que foi a adolescência misturada com mocidade, imagino…., mas só imagino, como Rev. Thiago precisou ser paciente… Teve ajuda no ministério, nesse período inicial, do Rev. Manoel de Feitas e Rev. Dante Barros.

Não tardou muito e foi preciso alargar nossas tendas, mas ainda com menos de 10 anos de existência da Igreja, mudei cidade, depois mudei de pais, e não voltei mais a residir oficialmente no Rio. A cada visita via novos rostos, bons pastores, era bem recebido por quem não me conhecia, mas, em especial, quando ouvia Rev. Thiago falar, me sentia em casa de novo.

Outros mais novos podiam continuar contando a benção.

Celebrai a Deus com alegria.

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